O Avanço da medicina juntamente com o fato de as mulheres terem filhos cada vez mais cedo e, ainda, a facilidade com que as pessoas se casem e se separam hoje em dia, estão provocando uma grande modificação no modelo familiar.
É possível, por exemplo, que uma criança tenha até oito avós, considerando que os pais sejam separados e tenham se casado novamente, já teremos um pai, uma mãe, um padrasto e uma madrasta. Como as pessoas estão vivendo cada vez mais tempo, é provável que se tenha um casal de avós para cada pai, cada mãe, cada padrasto e madrasta. Isto nos dá a soma de oito avós, sendo quatro legítimos e os outros quatro que acabaram entrando nesse meio familiar de penetra.
Para as crianças, acredito, sejam muito bem vindos todos.
Tudo bem que se chame alguns de vô torto e vó torta. Não é mais um chingamento, uma ofensa. É até carinhoso se dirigir aquele senhor recém chegado à família como vozinho torto. Pelo menos não nos dirigimos a este novo grau de parentesco utilizando nomes tão estigmatizados como padrasto e madrasta. É Vovô torto, Vovô emprestado, mas é Vovô. Até porque, costumamos nos dirigir a qualquer pessoa de idade como sendo vovô, principalmente na presença de crianças.
E se as más línguas dizem que os avós deseducam ou estragam as crianças, imaginem o que será dos baixinhos que tiverem oito avós.
Há quem diga que “avó é mãe com açúcar”, imaginem oito avós, que calda bem doce.
Alguém já tinha pensado nisso tudo? Está na hora de considerar as múltiplas possibilidades familiares que resultam deste novo modelo de parentesco familiar e de quanto isto vai influenciar na educação dos miúdos.
E se pararmos para pensar em bisavós? Que Galera! Dezesseis possíveis bisavós. Nunca se imaginou nada parecido.
Pessoalmente, não vejo a hora de me tornar vô torto. Não tenho filhos legítimos, mas tenho enteados que podem, um dia, me proporcionar tal privilégio. Mal posso esperar o momento de deseducar e dar todas as regalias possíveis aos netinhos. Mas isso é outra história...
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
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