Nunca mais um dia do amigo será igual.
Perdemos de forma prematura e inaceitável o amigo Marco Antônio que dava grande valor a esta data.
Marco jamais deixava uma data passar em branco. Gostava sempre de mandar uma mensagem, um cartão, um telefonema, uma lembrancinha, um carinho. Era realmente muito dedicado aos amigos e lembrava de todos.
Quem não se lembra de ter recebido uma dessas mensagens? Havia sempre muito carinho e consideração.
É claro que procurávamos retribuir, mas duvido que com tanta sensibilidade e atenção como o Marco dedicava.
O mais difícil para mim é pensar que não fui um amigo à altura para o Marco, muitas vezes acho que não dei a atenção que ele merecia e nem retribuí sua amizade com tanta dedicação como ele fazia.
Não gostaria de repetir esse erro com os outros amigos. Não dá para deixar para depois, temos que nos dedicar a amizade imediatamente sem pensar duas vezes.
Vou tentar seguir cada vez mais o exemplo do amigo Marco Antônio que, se pudesse, estaria nesse momento preparando para todos uma mensagem de amizade e de carinho.
AMIGO MARCO!
FELIZ DIA DO AMIGO!
VOCÊ SEMPRE FOI UM AMIGO MUITO ESPECIAL!
MUITOS ABRAÇOS!
O dia do amigo foi adotado em Buenos Aires, Argentina, com o Decreto nº 235/79, sendo que foi gradualmente adotado em outras partes do mundo. Foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro. Ele se inspirou na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo. Assim, durante um ano, o argentino divulgou o lema "meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro".
No Brasil, o dia 20 de Julho também foi adotado como sendo o dia do Amigo.
Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20 de julho é o Dia do Amigo , é quando as pessoas trocam presentes, se abraçam e declaram sua amizade umas as outras, na teoria.
Origem Wikipedia, a enciclopédia livre.
Feliz Dia do Amigo!
sexta-feira, 18 de julho de 2008
terça-feira, 15 de julho de 2008
Terrinha
Nasci e me criei no interior do Rio Grande do Sul, região central, na cidade de Cachoeira do Sul.
Cachoeira do Sul não tem nenhuma cachoeira de verdade e às vezes esquecemos que com esse nome a cidade pode criar falsas expectativas em possíveis visitantes. ...nem cachoeira, cascata, nenhuma quedinha d’água se quer...
Mesmo assim, nossa terra costuma agradar bastante aos visitantes, venham eles a trabalho ou passeio.
- Terra hospitaleira. Dizem. Por sinal, dizem ser esta uma das principais características do gaúcho. Tenho dúvidas quanto a isto! É meio estranho que um povo possa ser hospitaleiro e bairrista ao mesmo tempo.
Cachoeira não é uma cidade próspera, mas também não é nenhum fim de mundo abaixo da linha da pobreza. Há pouquíssima chance para alguém ascender financeira, social ou culturalmente. Muitos filhos de Cachoeira têm que ir embora para ter alguma chance de crescimento ou, pelo menos, para formação profissional.
- O último que sair que apague a luz! Dizem alguns já indignados e cansados de tentar melhorar de vida acumulando fracassos profissionais. Já perdemos muita gente boa assim. São aqueles que saíram desta terra e acabaram se tornando pessoas muito importantes e renomadas em todas as esferas imagináveis.
Em contrapartida, tem gente saindo dos grandes centros e capitais brasileiras em busca de qualidade de vida no interior. Talvez isso tudo seja apenas um reflexo da eterna insatisfação do ser humano que ainda não aprendeu a procurar pela felicidade no lugar certo que é dentro do seu próprio coração, independente do ambiente que o cerca.
Há até uma certa hostilidade nas afirmações dos dois grupos: os que desfazem, ridicularizam e tripudiam contra os que defendem, amenizam e apóiam a idéia de continuar morando em cachoeira e lutando por seu progresso.
Do lado dos que não arredam pé, há sempre aquela postura bem brasileira de saber rir de si mesmo e fazer piada até com as coisas mais absurdas que acontecem por aqui. Isso não é tão ruim como pode parecer, é sinal que existe a consciência de que temos muito que melhorar e corrigir por aqui.
Os outros inventam piadas de mau gosto sobre a terrinha:
- Sabe como Deus fez Cachoeira?
- Colocou um pé em Santa Maria e outro em Santa Cruz, baixou as calças, se agachou e...
Definitivamente não tem graça! Além de ser um grande desrespeito com o Criador.
E as comparações? – Como é que Santa Cruz e Santa Maria cresceram tanto? Muitos culpam a política que na verdade não é muito diferente da qualquer cidade do interior em nosso país. Outros dizem que é carma mesmo.
Há muitos motivos para crítica e as opiniões são diversas. Por sinal, opinião dividida demonstra que não temos objetivos em comum, não lutamos pelas mesmas causas, às vezes puxamos um para cada lado nos mais diversos assuntos, estabelecendo assim uma espécie de inércia, uma dissipação da energia. É por esta razão que quase nada da certo em Cachoeira ou então não dura muito.
Há muitas semelhanças entre as cidades do interior do nosso país e o que houver de diferente acontece em decorrência da diversidade na formação étnica, no clima no relevo, na proximidade com o mar e outros fatores interessantes. O que importa, de verdade, é que é muito gostoso vive no interior.
Em Cachoeira, tudo é motivo de reclamação. A nossa pavimentação, por exemplo, é péssima. Andar de ônibus ou dirigir pela cidade pode ser bem difícil. O que podemos fazer? “-Relaxa e goza!” Imagine que ao voltar do trabalho de automóvel, por exemplo, a trepidação e o sacolejo provocado pelo piso de paralelepípedos seja, na verdade, uma massagem terapêutica; desviar os buracos, um divertido jogo de vídeo-game. Nosso Happy hour no tr. Acho que é bem melhor do que os Paulistanos estão enfrentando ultimamente.
Tem gente que chega ao absurdo de afirmar que é melhor que Cachoeira do Sul seja subdesenvolvida, pois assim, a violência não vem para o nosso lado.
Em alguns lugares do Brasil existe o costume de enterrar o umbigo do filho recém nascido no quintal para que este permaneça sempre ali por perto. Na verdade, a intenção é de prender as crias bem pertinho de si. Acho que os cachoeirenses não conhecem esta prática. Se conhecessem, talvez enviassem o umbigo pelo correio para Porto Alegre.
Outra piada:
Um cachoeirense e um santa-cruzense iam pela rua quando, de repente, encontraram uma garrafa com um poderoso gênio dentro.
O gênio saiu da garrafa e foi logo dizendo:
- Só posso conceder um pedido para cada um de vocês!
O Cachoeirense, muito esperto, foi logo se adiantando:
- Construa uma muralha imensa e intransponível ao redor de Cachoeira para que nenhum Santa-cruzense venha importunar.
E assim fez o gênio.
O santa-cruzense, por sua vez, pediu calmamente:
- Encha d’água a muralha.
Quem agüenta?
O que importa é que nem todos que aqui vivem o fazem por falta de opção. Há quem ame esta terra e faça de tudo para que dê certo e prospere.
Quando o progresso finalmente chegar, até mesmo aqueles ranzinzas que fazem pouco e desacreditam ficarão orgulhosos de dizer que são cachoeirenses.
Cachoeira do Sul não tem nenhuma cachoeira de verdade e às vezes esquecemos que com esse nome a cidade pode criar falsas expectativas em possíveis visitantes. ...nem cachoeira, cascata, nenhuma quedinha d’água se quer...
Mesmo assim, nossa terra costuma agradar bastante aos visitantes, venham eles a trabalho ou passeio.
- Terra hospitaleira. Dizem. Por sinal, dizem ser esta uma das principais características do gaúcho. Tenho dúvidas quanto a isto! É meio estranho que um povo possa ser hospitaleiro e bairrista ao mesmo tempo.
Cachoeira não é uma cidade próspera, mas também não é nenhum fim de mundo abaixo da linha da pobreza. Há pouquíssima chance para alguém ascender financeira, social ou culturalmente. Muitos filhos de Cachoeira têm que ir embora para ter alguma chance de crescimento ou, pelo menos, para formação profissional.
- O último que sair que apague a luz! Dizem alguns já indignados e cansados de tentar melhorar de vida acumulando fracassos profissionais. Já perdemos muita gente boa assim. São aqueles que saíram desta terra e acabaram se tornando pessoas muito importantes e renomadas em todas as esferas imagináveis.
Em contrapartida, tem gente saindo dos grandes centros e capitais brasileiras em busca de qualidade de vida no interior. Talvez isso tudo seja apenas um reflexo da eterna insatisfação do ser humano que ainda não aprendeu a procurar pela felicidade no lugar certo que é dentro do seu próprio coração, independente do ambiente que o cerca.
Há até uma certa hostilidade nas afirmações dos dois grupos: os que desfazem, ridicularizam e tripudiam contra os que defendem, amenizam e apóiam a idéia de continuar morando em cachoeira e lutando por seu progresso.
Do lado dos que não arredam pé, há sempre aquela postura bem brasileira de saber rir de si mesmo e fazer piada até com as coisas mais absurdas que acontecem por aqui. Isso não é tão ruim como pode parecer, é sinal que existe a consciência de que temos muito que melhorar e corrigir por aqui.
Os outros inventam piadas de mau gosto sobre a terrinha:
- Sabe como Deus fez Cachoeira?
- Colocou um pé em Santa Maria e outro em Santa Cruz, baixou as calças, se agachou e...
Definitivamente não tem graça! Além de ser um grande desrespeito com o Criador.
E as comparações? – Como é que Santa Cruz e Santa Maria cresceram tanto? Muitos culpam a política que na verdade não é muito diferente da qualquer cidade do interior em nosso país. Outros dizem que é carma mesmo.
Há muitos motivos para crítica e as opiniões são diversas. Por sinal, opinião dividida demonstra que não temos objetivos em comum, não lutamos pelas mesmas causas, às vezes puxamos um para cada lado nos mais diversos assuntos, estabelecendo assim uma espécie de inércia, uma dissipação da energia. É por esta razão que quase nada da certo em Cachoeira ou então não dura muito.
Há muitas semelhanças entre as cidades do interior do nosso país e o que houver de diferente acontece em decorrência da diversidade na formação étnica, no clima no relevo, na proximidade com o mar e outros fatores interessantes. O que importa, de verdade, é que é muito gostoso vive no interior.
Em Cachoeira, tudo é motivo de reclamação. A nossa pavimentação, por exemplo, é péssima. Andar de ônibus ou dirigir pela cidade pode ser bem difícil. O que podemos fazer? “-Relaxa e goza!” Imagine que ao voltar do trabalho de automóvel, por exemplo, a trepidação e o sacolejo provocado pelo piso de paralelepípedos seja, na verdade, uma massagem terapêutica; desviar os buracos, um divertido jogo de vídeo-game. Nosso Happy hour no tr. Acho que é bem melhor do que os Paulistanos estão enfrentando ultimamente.
Tem gente que chega ao absurdo de afirmar que é melhor que Cachoeira do Sul seja subdesenvolvida, pois assim, a violência não vem para o nosso lado.
Em alguns lugares do Brasil existe o costume de enterrar o umbigo do filho recém nascido no quintal para que este permaneça sempre ali por perto. Na verdade, a intenção é de prender as crias bem pertinho de si. Acho que os cachoeirenses não conhecem esta prática. Se conhecessem, talvez enviassem o umbigo pelo correio para Porto Alegre.
Outra piada:
Um cachoeirense e um santa-cruzense iam pela rua quando, de repente, encontraram uma garrafa com um poderoso gênio dentro.
O gênio saiu da garrafa e foi logo dizendo:
- Só posso conceder um pedido para cada um de vocês!
O Cachoeirense, muito esperto, foi logo se adiantando:
- Construa uma muralha imensa e intransponível ao redor de Cachoeira para que nenhum Santa-cruzense venha importunar.
E assim fez o gênio.
O santa-cruzense, por sua vez, pediu calmamente:
- Encha d’água a muralha.
Quem agüenta?
O que importa é que nem todos que aqui vivem o fazem por falta de opção. Há quem ame esta terra e faça de tudo para que dê certo e prospere.
Quando o progresso finalmente chegar, até mesmo aqueles ranzinzas que fazem pouco e desacreditam ficarão orgulhosos de dizer que são cachoeirenses.
Assinar:
Postagens (Atom)