quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

COISAS QUE FALAMOS

Tem coisas que falamos e pensamos que os outros entenderão, e que todos tem a obrigação de saber o que significa, pois crescemos ouvindo estas palavras e assim aprendemos a falar empregando significados aparentemente obvios.
Muitos termos usados por nós desde a infância são regionais, outros são mutações idiomáticas que vão acontecendo ao passar dos tempos nascidos do erro de pronúncia, ou de uma confusão qualquer, parecidos com a brincadeira do telefone sem fio onde formamos um círculo de pessoas e falamos uma frase ou palavra bem baixinho no ouvido de quem está ao nosso lado e que deverá repassar a palavra da mesma maneira para o próximo até que complete uma volta no círculo quase sempre como uma palavra completamente diferente.
Assim as palavras são modificadas e vão se transformando, dando origem a uma multiplicidade de vocabulário que é a cara do nosso país.
Criei, com a ajuda de amigos e familiares uma pequena lista de palavras que acredito serem típicas do Rio Grande do Sul, mais especificamente de minha cidade, Cachoeira do Sul ou, quem sabe, um tipo de vocabulário familiar.
Ainda não organizei nem em ordem alfabética ou nenhum critério para dar sequência. Trata-se de uma lista de palavras acompanhadas de seu significado.

- Melar - Sofrer com o frio. Exemplo: "-Tô melando aqui nesse frio."
- Forcejar - Utilizar de muita força física. Exemplo: "-Meu filho, não forceja sozinho aí. Pede ajuda pro teu irmão."
- Capão - Mato. Exemplo: Nomes de lugares como Capão do Veado, Capão da Canoa.
- Perau - Buraco fundo, precipício.
- Sumanta - Surra, Tunda. Exemplo: "-Se tu não me respeitar eu vou te dar uma sumanta de pau!"
- Barbaridade - Absurdo. Esta é bem conhecida dos gaúchos: "-Mas que barbaridade tchê!"
- Capaz - Expressão de espanto. Para o gaúcho a palavra capaz não significa somente competente ou esperto, mas uma expressa admiração ou espanto. "-Mas é bem capaz mesmo!"